Deputada Goretti Reis nega ter desviado dinheiro público

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(Foto: Arquivo)

A deputada estadual Goretti Reis, citada pelo ex-deputado estadual Raimundo Vieira, conhecido como Mundinho da Comase, negou as acusações de ter desviado dinheiro público. Mundinho revelou ao Ministério Público Estadual o esquema de corrupção envolvendo deputados sergipanos. Seis deputados e dois ex-deputados estão sendo investigados por suspeita de desvio de verba pública.

No interrogatório, ele citou a deputada Goretti Reis e os deputados Paulinho das Varzinhas, Augusto Bezerra, Gilson Andrade, capitão Samuel e o ex-deputado Zeca da Silva. Goretti teria destinado R$ 70 mil para uma associação e 70% do dinheiro teria voltado para ela.

Em nota, a deputada negou as acusações:

"Em relação aos fatos relatados pela imprensa nesta quinta-feira (30) em relação ao denominado “escândalo das verbas de subvenções”, cumpre-me como cidadã e Deputada, prestar contas à sociedade sergipana e aos meus 26.886 eleitores. Faço isso com a mais absoluta tranquilidade, de cabeça erguida e de moral elevado.

Sem temer as críticas rasas de quem não analisa a questão a fundo, inicio reafirmando minha compreensão que a destinação de verbas a associações filantrópicas através do orçamento da Assembleia foi algo absolutamente louvável e salutar, pois com esses recursos centenas de instituições assistenciais sobreviveram e prestaram relevantes serviços à população sergipana.

Nessa percepção, há de se separar o instrumento do uso.

Como uma lâmina, que tanto pode ser utilizada para ferir como para curar (ao realizar uma cirurgia), é a utilização do instrumento que é bom ou ruim e não o instrumento em si.

Se o uso das verbas de subvenções foi distorcido, a culpa e a punição devem recair sobre quem distorceu seu uso e não sobre o instrumento em si.

Pensar diferente disso é amaldiçoar a lâmina ao invés de louvar o cirurgião ou maldizer quem com ela fere.

Dito isso, quero reafirmar que tenho a consciência tranquila de ter indicado à Assembleia instituições que, a meu sentir, fariam dela bom uso.

Com esse norte em mente, indiquei, sem arrependimentos, várias associações à Assembleia, dentre elas a Ala Jovem da minha cidade de Lagarto, à qual a Assembleia destinou R$ 60.000,00 os quais, a meu pensar, seriam utilizados para eventos de alcance social, a exemplo do XXII Corrida de Lagarto.
Se houve desvio na utilização dessas verbas, como cidadã sou vítima e não cúmplice; e desafio qualquer cidadão honrado, seja ele Presidente de Associação, Deputado ou Ex-Deputado, Promotor ou Delegado, a provar que recebi de volta qualquer valor destinado às Associações por mim indicadas à Assembleia.

Coloco minhas contas e meu sigilo fiscal telefônico e bancário à disposição da Polícia e do Ministério Público, e espero deles o mesmo tratamento honroso e respeitos que sempre lhes dispensei; aguardando que eles, finda a investigação, venham a público para com todas as letras afirmar: “quem acusou a deputada Goretti Reis de ter recebido de volta qualquer valor destinado a Associação” mentiu.

Enquanto os fatos são apurados, espero da sociedade, da imprensa, das autoridades e até dos meus adversários, o respeito à história de três gerações de políticos honrados que construíram sua vida política e pessoal com hombridade e suor; e o direito de não ser julgada apenas com base numa alegação de quem, por desespero ou má orientação, tenta lançar no mesmo mar de lama no qual afunda, nós outros, que não somos melhores que ele, nem piores que ele, mas certamente diferente dele.

Deputada Goretti Reis"